Blog

  • Trabalhadores eram escravos em obra do Minha casa, minha vida

    Vítimas, que tinham sua carteira de trabalho retida, denunciaram a situação após quatro meses sem receber salários em obra do programa habitacional

    Por Bianca Pyl* – REPORTER BRASIL

    Financiada pela Caixa Econômica Federal com recursos do Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço (FGTS), a obra do programa federal “Minha casa, minha vida” em Catalão (GO) poderia ser assunto apenas para boas notícias. Seria assim se 74 trabalhadores que prestavam serviços na construção das casas populares não tivessem sidos submetidos a condições análogas às de escravos.

    As vítimas fizeram uma denúncia no Ministério Público do Trabalho (MPT) em Goiás e foram atendidas em caráter de emergência, de acordo com Antonio Carlos Cavalcante, procurador do Trabalho responsável pela ação.

    A obra do programa “Minha casa, minha vida” custou mais de R$ 15 milhões (Foto: MTP/GO)

    Os empregados trabalhavam no canteiro de obras da empresa Copermil Construção Ltda, no loteamento Evelina Nour. De acordo com Antonio Carlos, a Prefeitura do Município de Catalão cedeu a área para a construção de casas populares do programa “Minha casa, minha vida” e foi responsável pela licitação que escolheu a construtora, com sede em Belo Horizonte (MG).

    A empresa mineira, por sua vez, contratou a TJ Prestadora de Serviços de Jardinagem Ltda. “Trata-se de uma empresa de José da Silva Cunha, um ´gato´ conhecido na região por arregimentar empregados para o corte de cana-de-açúcar. Ele montou a empresa para poder prestar serviço na construção civil”, explica o procurador do Trabalho.

    José da Silva Cunha aliciou os trabalhadores em Correntina (BA), Valência (PI) e Itumbiara (GO) com promessas de bons salários, pagamento de horas extras e boas condições de trabalho. Quando os fiscais chegaram ao local, no final de março, os empregados estavam sem receber salários desde dezembro de 2009. “Os trabalhadores fizeram questão de mostrar os alojamentos e as condições em que estavam morando, porque tinham urgência de sair dali”, relata Antonio Carlos.

    Em entrevista à Repórter Brasil, Hudson Barcelos, engenheiro da obra, disse que a Copermil rescindiu o contrato com a TJ e que não sabia dos problemas da empresa. “Nós temos nossos próprios funcionários há muito tempo, só terceirizamos esse serviço. Não temos vínculo com esse tipo de comportamento. Só depois da fiscalização é que soubemos que essa empresa já tinha problemas na cana-de-açúcar”, disse.

    A Caixa Econômica Federal informou que “para efetuar a contratação, o banco procede a uma pesquisa na lista do Ministério do Trabalho e Emprego dos empregadores fiscalizados e incluídos como exploradores do trabalho escravo. A Caixa ressalta, também, que a construtora em questão cumpriu, à época, os requisitos exigidos e que o Ministério Público do Trabalho afastou a acusações contra a empresa referentes ao suposto trabalho escravo”.

    Série de irregulariades
    Todas as Carteiras de Trabalho e da Previdência Social (CTPS) dos empregados estavam retidas com o empregador. Os documentos eram guardados fora de Catalão (GO), no município de Itumbiara (GO). O empregador alegou aos fiscais que o contador da empresa TJ era de lá. Os documentos foram apreendidos e o procurador do Trabalho constatou que não havia registros firmados.

    Alguns trabalhadores não tinham sequer colchão e
    dormiam direto em tábuas  (Fotos: MPT/GO)

    O empregador não fornecia água potável às vítimas, a água era retirada da torneira e consumida sem passar por qualquer processo de filtragem. Os alojamentos eram casas em situação precária, localizadas em cima de um posto de gasolina.

    Outro alojamento constituía-se de uma casinha perto da frente de trabalho, sem luz elétrica. Em uma terceira casa, a situação era pior porque havia pessoas dormindo na varanda. As casas eram alugadas pelo dono da empresa TJ. A jornada de trabalho era exaustiva e não havia pagamento de horas extras.

    Nas frentes de trabalho não havia instalações sanitárias disponíveis para os trabalhadores. O empregador também não fornecia água potável durante a execução dos serviços. “O que nós encontramos no canteiro nos chocou muito. Em Goiás as chuvas perduraram até março e os empregados trabalhavam com betoneiras, que não eram aterradas. Choques elétricos eram constantes”, diz o procurador. Além disso, os buracos para passagem do esgoto já estavam sendo feitos e não havia sinalização no local. “Tivemos notícias de que um trabalhador caiu em uma das valas”, conta.

    Os empregados não utilizavam todos os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e a empresa TJ só havia fornecido botinas. Os outros equipamentos, como capacete, luvas e óculos, necessários para a execução dos serviços, não foram entregues aos empregados. “Nós apuramos que a Copermil entregou os EPIs para a TJ, porém a mesma não repassou aos trabalhadores”, explica Antonio Carlos. Em relação aos salários, a situação era a mesma: a TJ não repassava os valores aos trabalhadores.

    Empregador não fornecia equipamentos de proteção individual (EPI) às vítimas  (Foto: MPT/GO)

    A frente de trabalho ficou dez dias interditadas e, após a empresa regularizar a situação – incluir sinalização adequada, aterrar os equipamentos, instalar banheiros e fornecer água -, o local foi liberado. As obras devem ser finalizadas em agosto.

    Após a fiscalização, a empresa Copermil pagou as verbas referentes à rescisão dos contratos dos trabalhadores e arcou com as despesas da viagem de volta para os municípios de origem das vítimas. O valor total foi de mais de R$ 105 mil. A Copermil assinou dois Termos de Ajustamento de Conduta (TAC): um referente ao compromisso de respeitar a legislação trabalhista no que tange à saúde e segurança do trabalho, e outro no qual se responsabiliza pelo pagamento das verbas rescisórias. Alguns empregados, moradores de Itumbiara (GO), optaram por permanecer no trabalho e foram contratados diretamente pela Copermil. “Eles estão alocados em alojamentos inspecionados por nós”, acrescenta Antonio Carlos.

    O Ministério Público do Trabalho ajuizou uma Ação Civil Pública na Vara do Trabalho de Catalão (GO) pedindo R$ 174 mil por dano moral coletivo, que será revertido para campanhas de combate ao trabalho escravo da sociedade civil. A audiência para decidir a ação está marcada para o próximo dia 30.

    *matéria atualizada sexta-feira (25) às 12h26.

  • [SP] Arraiar do Pantanar

    O Movimento de Urbanização e Legalização do Jardim Pantanal (MULP), o Bar da Edna e o TERRA LIVRE – movimento popular do campo e da cidade vão realizar durante os dias 17 e18 e 24 e 25 de julho o Arraiar do Pantanar.

    O povo da periferia se mobiliza, luta e faz sua própria cultura!

    Compareça!

    Onde: Rua Mucum, no Jardim Pantanal.

  • NOVA PÁGINA DO TERRA LIVRE

    Está no ar a nova página do Terra Livre na internet. Mais agilidade na batalha contra o monopólio da burguesia sobre as comunicações!

    www.terralivre.org

  • Declaração do Terra Livre e do MPRA ao CONCLAT

    Ao Congresso da Classe Trabalhadora e à coordenação do Conclat

    Diante dos fatos que colocam em risco a continuidade do processo de formação de uma Nova Central Sindical e Popular, superior tanto à Conlutas quanto à Intersindical, o movimento Terra Livre e o MPRA (Movimento Popular pela Reforma Agrária) declaram:

    1. Sua preocupação com os rumos que o CONCLAT tomou, diante da incapacidade das forças presentes em encontrar caminhos e acordos possíveis e necessários para as lutas e a organização dos trabalhadores e do povo pobre da cidade e do campo;

    2. Sua disposição em persistir na busca da unidade da classe trabalhadora da cidade e do campo, para juntos construirmos uma ferramenta de luta e organização, visando enfrentar os patrões, o latifúndio e seus governos;

    3. Neste sentido, declaramos que seguiremos acompanhando o desenrolar deste processo, debatendo com todas as forças que dele fazem parte, para juntos chegarmos a bom termo e, sobretudo, com os trabalhadores e tabalhadoras organizados na base de nossos movimentos;

    4. Assim, anunciamos que nossas delegações permanecerão no espaço do CONCLAT, mas se absterão de qualquer votação em plenário;

    5. Da mesma forma, chamamos todos os setores presentes a este congresso para que façam esforços no sentido de buscar a unidade possível e necessária, com objetivo de juntos construirmos uma ferramenta de luta e organização democrática.

    Santos, 06 de junho de 2010.

    Terra Livre – movimento popular do campo e da cidade
    MPRA (Movimento Popular pela Reforma Agrária)

    Esta nota encontra-se em: blog.terralivre.org
    Contato:
    secretaria@terralivre.org

  • Carta aos delegados e delegadas

    Os desafios do Congresso da Classe Trabalhadora

    Por uma Central Sindical-Popular Classista

    A classe trabalhadora brasileira está prestes a dar um passo significativo na luta por seus direitos e na perspectiva de sua emancipação. A realização do Congresso da Classe Trabalhadora é resultado de uma necessidade histórica da nossa classe e de todo os setores populares explorados e oprimidos do campo e da cidade.

    A ofensiva de patrões e governos sobre nossos direitos mais básicos tende a se intensificar na medida em que a crise internacional do capitalismo se aprofunda. A falência da Grécia e a gravidade da situação na Europa, assim como o aumento das contradições envolvendo os EUA, a China e demais países, são indicadores claros de que a crise aberta em 2008 está longe de seu fim.

    No Brasil, apesar de todo o clima de euforia e as ilusões no governo, os trabalhadores e a população pobre é que acabam pagando a conta das medidas tomadas para salvar empresas e bancos. O corte de R$ 10 bilhões nos gastos públicos anunciado pelo governo Lula, a elevação da meta de superávit primário para pagar a dívida pública, o veto ao reajuste dos aposentados e a manutenção do fator previdenciário, são apenas alguns componentes da caixa de maldades que será aberta independentemente de qual candidato burguês vença as eleições presidenciais.

    Para garantir os ataques, governos e patrões combinam repressão com tentativas de cooptação dos movimentos. A criminalização da pobreza e dos movimentos sociais, os ataques ao direito de organização e de greve e a perseguição aos ativistas se combina com as medidas assistencialistas e o papel nefasto dos pelegos pró-governo e patrões dentro dos movimentos.

    A degeneração burocrática de grande parte das direções sindicais e populares nesse país e a fragmentação das lutas em curso são fatores que nos impõe a necessidade de construção de uma nova ferramenta de luta unitária, classista, independente, democrática e combativa para os trabalhadores e todos os explorados e oprimidos.

    O papel de cada delegada e delegado aqui presentes é o de garantir que avancemos em dar uma resposta concreta a essa necessidade histórica da classe trabalhadora. Não temos o direito de errar neste momento.

    As visões e interesses específicos das correntes e agrupamentos devem submeter-se aos interesses estratégicos do conjunto da classe. Mas, a unidade orgânica que estamos construindo aqui também deve respeitar, valorizar e garantir a pluralidade de visões existentes. Unidade sólida e duradoura se constrói com democracia e respeito à diferença.

    Os (as) signatários (as) dessa Carta são ativistas e dirigentes do movimento sindical, popular e estudantil, do campo e da cidade, do setor público e privado, da luta das mulheres, negros e negras e LGBTT, todos eles e elas comprometidos desde o início com o processo que resultou nesse Congresso.

    Somos parte de um esforço de unidade entre os ativistas sindicais, populares e estudantis das correntes que compõe o Bloco de Resistência Socialista e também os militantes do ‘Terra Livre’, movimento popular do campo e da cidade, assim como do Movimento Popular pela Reforma Agrária. Essa Carta marca uma intervenção unitária de companheiros e companheiras que assinam três diferentes Teses ao Congresso da Classe Trabalhadora.

    Esse campo de atuação comum entre esses ativistas e dirigentes, que se originou da atuação na Conlutas, está a serviço da construção de uma nova Central sindical-popular classista como síntese superior às experiências anteriores de Conlutas, Intersindical e demais movimentos que se unificam nesse Congresso. Mesmo reivindicando grande parte da vitoriosa experiência da Conlutas, o momento é de superar inclusive suas limitações através de uma unificação que seja o primeiro passo para a construção de uma ferramenta qualitativa e quantitativamente superior.

    Chamamos a todos e todas que se somem a nós na defesa das seguintes propostas que nos permitirão dar uma resposta efetiva aos desafios do Congresso da Classe Trabalhadora.

    1. Que o Congresso delibere pela formação de uma Central Sindical-Popular Classista, que seja uma síntese/superação da experiência da Conlutas e Intersindical e das demais organizações que se unificam. Que isso se reflita no nome da Central e em sua estrutura de funcionamento.
    1. Que a nova Central a ser formada assuma uma estratégia claramente socialista e internacionalista. Que nossa independência e oposição de esquerda ao governo Lula e demais governos estaduais e municipais e a luta cotidiana dos sindicatos e movimentos seja construída como parte da luta global da classe trabalhadora para derrubar o sistema capitalista e construir um socialismo com liberdade no Brasil e no mundo.
    1. Que o Congresso aponte os eixos gerais de uma Plataforma de reivindicações e um plano de ação que norteará a atuação da nova Central no próximo período. Essa plataforma deverá conter bandeiras como a redução da jornada de trabalho sem redução de salários, salário mínimo do DIEESE garantido a todos, reestatização das empresas que foram privatizadas, não pagamento da dívida pública aos grandes capitalistas, em defesa dos serviços públicos e de seus trabalhadores, contra o racismo e o sexismo no local de trabalho e na sociedade.
    1. Que o Plano de ação da nova Central incorpore: unificar as lutas por salário, emprego e direitos em nível estadual e nacional; nenhuma trégua nas lutas durante as eleições; denunciar a dívida pública e colocar o não pagamento como base para atender às reivindicações em defesa dos serviços públicos; denunciar a criminalização dos movimentos sociais e construir ações de solidariedade aos perseguidos; campanha internacionalista contra as tropas no Haiti e todas as ações imperialistas na América Latina, incluindo as que contam com a colaboração do governo brasileiro.
    1. Que o Congresso faça um chamado em defesa da unidade da esquerda socialista (PSOL, PSTU, PCB) nas eleições gerais de 2010 em oposição aos candidatos burgueses Serra, Dilma e Marina e apresente uma plataforma de reivindicações da classe trabalhadora como parte da construção de um programa anticapitalista e socialista.
    1. Que a nova Central busque incorporar no seu interior todos os segmentos explorados e oprimidos, incluindo organizações sindicais (sindicatos, federações, oposições, minorias de diretorias, etc), movimentos populares urbanos (sem-teto, ocupações urbanas, associações de bairro, movimentos comunitários, culturais, de juventude, etc) e movimentos populares do campo (sem-terra, ocupações e assentamentos, etc). Cada um desses movimentos deverá ter seus espaços e dinâmicas próprias de atuação e deliberação, além dos espaços comuns.
    1. No caso do debate sobre a participação do movimento estudantil e movimentos específicos contra a opressão sexista, racista, homofóbica, etc, há entre nós companheiros (as) que vêm defendendo há muito tempo sua incorporação, com critérios claros, na nova Central. Mas, há também companheiros (as) entre nós que levantam questionamentos pertinentes e legítimos no debate. Seja qual for a posição votada no Congresso, entendemos que esse debate deve prosseguir nas fileiras da nova Central a partir da sua experiência concreta e visando alcançar a melhor forma de unir na luta os trabalhadores, estudantes e todos os setores oprimidos.
    1. Que a instância máxima de direção da nova Central (depois de seu Congresso que devem acontecer a cada dois anos) seja uma Coordenação Nacional (ou Conselho Político) aberta a todas as entidades com um número de representantes proporcional à base de cada entidade e que se reúna no máximo a cada três meses. Uma Secretaria (ou Colegiado) Executiva deverá ser eleita no Congresso da Classe Trabalhadora (com proporcionalidade direta e qualificada) com o objetivo de implementar as resoluções tiradas no Congresso e nas reuniões da Coordenação Nacional. A Coordenação Nacional poderá revogar mandatos da Secretaria Executiva com critérios claros regulamentados nos Estatutos. O próximo Congresso da nova Central deverá avaliar se a Secretaria Executiva permanecerá sendo eleita no Congresso ou se será eleita pela Coordenação Nacional.
    1. Garantia de estrutura material e financeira que permita aos movimentos populares do campo e da cidade e às oposições sindicais o direito de participar das instâncias e fóruns da nova Central.
    1. Que a nova Central fomente a organização de base dos trabalhadores e o máximo de participação na tomada de decisões. Por um esforço consciente no sentido da rotatividade de funções nos organismos de direção da nova Central. Controle estrito da Coordenação Nacional sobre a utilização de recursos financeiros e sobre a profissionalização de quadros na Central.
    1. Que a relação da nova Central com as correntes e partidos deverá se dar sobre a base de absoluta autonomia da Central e suas instâncias. A contribuição das correntes políticas deverá se dar respeitando as instâncias e fóruns do movimento dos trabalhadores e da Central. As decisões da Central e de seus componentes (sindicatos e movimentos) deverão ser tomadas pela Central e seus componentes e não nos fóruns dos partidos e correntes. A nova Central deve refletir sobre a possibilidade de adotar medidas para que nenhuma corrente em particular tenha, sozinha, a maioria absoluta de uma instância
    1. Que as instâncias da nova Central sejam pautadas pelo esforço consciente na busca de consensos políticos na tomada de decisões. Não deve haver espaço para hegemonismo e a existência de maiorias automáticas construídas sem debate interno. Pela ampla liberdade de opinião interna na nova Central e respeito às diferenças políticas existentes com possibilidade de divulgação dessas posições através dos meios de comunicação internos e externos da nova Central.
    1. Que a nova Central delibere pela obrigatoriedade de que sejam realizadas convenções de base nas diferentes categorias para definir a proporcionalidade direta e qualificada na composição de chapas na disputa de direções sindicais e populares.
    1. Que a nova Central atue de forma independente do Estado burguês, recuse o recebimento dos recursos provenientes do imposto sindical e lute por sua autonomia financeira, base de sua autonomia política.

    Bloco de Resistência Socialista no movimento sindical, popular e estudantil

    Terra Livre – Movimento popular do campo e da cidade

  • Congresso da Classe Trabalhadora

    Por Secreteria de Comunicação do Terra Livre

    Nos dias 05 e 06 os setores combativos da classe trabalhadora discutirão seus rumos e a construção de uma nova central sindical e popular.

    Já está em Santos as delegações do Terra Livre de GO, SP e RJ, que participarão do CONCLAT – Congresso da Classe Trabalhadora. Este é um momento de grande importância e de reorganização dos setores combativos e classistas do movimento sindical e popular.

    LEIA A TESE DO TERRA LIVRE E DO MPRA

  • Jagunços e policiais expulsam famílias do Terra Livre em Goiás

    Por Secretaria de Comunicação – Terra Livre-GO

    Nesta Terça-feira (25/05/10) por volta das 22:00 hs, duas viaturas da GPT (Grupo de Patrulha Tático) da Policia militar de Goiás, com 10 PMs e mais 10 jagunços do fazendeiro, expulsaram de forma violenta as famílias organizadas no movimento popular Terra Livre que ocupavam a Fazenda Varginha desde o último sábado (22/05/10), um latifúndio improdutivo e hipotecado pelo Banco do Brasil na cidade de Rio Verde/GO.

    Além de terem agido com brutalidade e intensa violência, a ação foi ilegal, (tanto que agiram na calada da noite), não tinham em mãos nenhuma liminar pedindo a reintegração de posse, como exige a lei. A desocupação só pode ser realizada mediatamente liminar expedida por um juiz. Mesmo assim é possível um diálogo para que as famílias possam se organizar para desocupar a área. Em caso de liminar é preciso a presença de um oficial de justiça, e o horário deve ser entre 6:00 e 18:00 horas. Portanto, agiram de forma arbitraria, autoritária e ilegal. Forças policiais do estado que deveriam proteger a população, atuaram ao lado de jagunços defendendo os interesses de um latifundiário, usando de métodos de coação com ofensas pessoais, obrigando as pessoas a deitarem no chão, sobre a mira de revolver e escopeta, derrubando os barracos, e ainda chegaram ao ponto de roubarem a bateria que iluminava o acampamento.

    Exigimos das autoridades competentes em especial da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás, uma investigação profunda e honesta sobre essa barbaridade, exigimos que seja revelado o nome dos policiais envolvidos, e que os mesmos sejam punidos, pois não acreditamos que eles tenham agido seguindo a orientação de seus superiores, e se agiram sobre orientação de seus superiores o fato se torna mais grave ainda, devendo esses também serem punidos.

    Pedimos aos Companheiros e entidades parceiras que façam moção de repudio cobrando das autoridades competentes, uma investigação e punição dos policiais envolvidos para os seguintes endereços.

    Fax: (62) – 3201-1094 E-mail: corregeral@sspj.go.gov.br. /ouvidoria@ssp.go.gov.br. (Enviar com cópia para secretaria@terralivre.org)
    SECTRETARIO DE SEGURANÇA PUPLICA DE GO SR. SERGIO AUGUSTO INACIO DE OLIVEIRA.

    Coordenação Estadual do movimento popular Terra Livre
    Contatos: Fone fax: (062) 3093-7572/30938977 e e-mail:
    goias@terralivre.org

  • [Goiás] Após 4 ocupações, movimento conquista fazenda em Itarumã

    Comunicado: Vitória no Campo!

    Comunicamos às entidades, movimentos e amigos do movimento popular Terra Livre, que termina com sucesso a saga das famílias que há mais de três anos lutam pela terra no município de Itarumã/GO, que com muita luta e após quatro ocupações acabaram de conquistar uma área.

    Na última quinta-feira, 20/05/10, o INCRA emitiu a posse da fazenda, após uma longa batalha judicial com o proprietário. O mesmo tinha travado o processo de desapropriação por não concordar com o laudo do INCRA, que decretou a desapropriação pelo não cumprimento de sua função social, como grande propriedade e praticamente sem produtividade.

    A fazenda deve assentar em torno de 35 famílias, que iniciam agora uma nova batalha que é a implantação do pré-assentamento. Há uma enorme lentidão e burocracia do INCRA e falta de empenho do governo LULA na realização da reforma agrária, que na realidade apenas faz concessão de terras a partir das pressões dos movimentos. Lutando contra a lentidão do governo, as famílias entram em uma nova fase da luta, que é a implantação e desenvolvimento do assentamento.

    Secretaria Estadual de Comunicação do movimento popular Terra Livre/GO.

    Contatos: (062) 3093-7572/30938977 | terralivre.go@gmail.com | blog.terralivre.org

  • Terra Livre ocupa latifundio improdutivo em Rio Verde/GO

    NOTA À IMPRENSA

    Goiânia, 25 de Maio de 2010.

    Na madrugada de sábado dia 22/05/2010, 60 famílias organizadas pelo movimento popular Terra Livre ocuparam a Fazenda varginha no Município de Rio Verde. Latifúndio improdutivo, com varias hipotecas com o BB, os bancos públicos infelizmente não cumpri a sua função de financiar os trabalhadores, mais sim os grandes latifundiários, que rolam as suas dividas por tempo indeterminado.

    A ocupação tem como objetivo, cobrar do INCRA, agilidade no processo de  Reforma Agrária, novas vistorias para obtenção de terra , já que o governo  Lula paralisou o programa de Reforma Agrária.

    Secretaria de comunicação Estadual do movimento popular Terra Livre /GO.

    Contatos: (062) 3093-7572/30938977 | terralivre.go@gmail.com | blog.terralivre.org

  • Polícia despejou famílias da ocupação Alagados do Pantanal

    1. Acampamento “Alagados do Pantanal” sofreu despejo nesta manhã. Cerca de 100 famílias atingidas pelas enchentes do início do ano foram despejadas de um terreno que ocuparam no dia 17 de abril desse ano, na Vila Curuçá, Zona Leste. O terreno estava abandonado e não cumpria sua função social.

    2. Segundo as informações dos próprios moradores, o forte contingente policial mobilizado para a operação foi acompanhado por caminhões e funcionários da prefeitura – o que evidencia um conluio entre prefeitura e o proprietário para acelerar a desocupação.

    3. Pela quantidade de policiais e por uma decisão interna, os moradores decidiram não apresentar resistência física em relação a atuação da polícia militar.

    4. Logo após a desocupação, os moradores seguiram em passeata de protesto para uma grande avenida da região (Marechal Tito). Depois de alguns minutos de manifestação, a polícia dispersou a mobilização com bombas de gás lacrimogênio.

    5. Com a intervenção da polícia, os moradores seguiram até à Subprefeitura do Itaim (órgão de administração regional – onde a ocupação está circunscrita). Eles estão realizando um protesto – e tentando negociar com as autoridades responsáveis.

    6. Cabe destacar que essa desocupação foi feita de forma inusitada, segundo os integrantes do movimento. A defesa da criança e do adolescente foi acionada, para tentar adiar a reintegração de posse. Não respondeu. O comando da Polícia Militar também foi chamado para conversar várias vezes – e não deu qualquer resposta.

    Daremos maiores informações logo que possível.

    Contatos: Terra Livre- 7362-2841 ou – 7379-8860
    http://www.terralivre.org/

    Por Passa Palavra, com informações do Terra Livre – SP